Arquiteto constrói casa carbono zero com técnica medieval

18/02/2009 10h45

Arquitetos da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, apresentaram nesta quarta-feira uma casa de carbono zero que pode vir a ser produzida em série no país em um futuro próximo.

Hawkes Architecture/BBC

BBC

Casa pode servir como modelo para produção em larga escala


A casa de quatro quartos, localizada nas proximidades da cidade de Staplehurst, utiliza uma técnica aplicada na construção de casas da época medieval e vista como mais eficiente na contenção de emissões de gases causadores do efeito estufas.

"O design é econômico, já que a casa é relativamente fácil de ser construída e, a partir do momento em que você sabe o que está fazendo, é rápido", afirmou o desenhista Michael Ramage, do Departamento de Arquitetura da Universidade de Cambridge.

Mais de um quarto (27%) das emissões de gases causadores do efeito estufa da Grã-Bretanha é gerado por residências, o que contribui de forma significativa para o aquecimento global.

Poucas casas são movidas unicamente por energia solar e muitos designs são muito caros, inviabilizando a produção em massa.

O governo britânico quer que todas casas novas sejam livres de emissões de gases causadores do efeito estufa em 2016.

Hawkes Architecture/BBC

Hawkes Architecture/BBC

Projeto une técnica medieval com novas tecnologias

Leveza e resistência
A construção em forma de arco é basicamente uma câmara de 20 metros coberta com terra e plantas, que servem de camuflagem e ajudam a construção a se mesclar com o ambiente rural.

O projeto é uma adaptação de uma técnica medieval que utiliza tijolos finos para criar construções leves e duráveis. Assim, a casa adquire resistência estrutural e, ao mesmo tempo, evita a utilização de materiais que consomem muita energia na sua produção, como concreto armado.

A estrutura também fornece uma grande quantidade de massa térmica, permitindo a casa a reter calor, absorver flutuações de temperatura e reduzir a necessidade de sistemas de aquecimento ou resfriamento.

Qualquer aquecimento adicional é provido pela combinação de sistemas fotovoltaico e térmico de aquecimento, que capta energia solar.

Além disso, um aquecedor de 11kW de biomassa foi instalado na casa para fornecer energia quando o sol tiver aparecido por alguns dias.

O isolamento térmico é feito com papel de jornal reciclado. "A construção mostra como o design contemporâneo pode promover materiais locais e integrar novas tecnologias para produzir um prédio altamente auto-sustentável", afirmou o arquiteto responsável pelo projeto, Richard Hawkes, que será o primeiro ocupante da casa.

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