Exposição em Milão traça história da beleza e da sensualidade; veja

Assimina Vlahou

De Roma para a BBC Brasil

13/03/2009 11h55

Foi inaugurada em Milão, na Itália, uma exposição de fotografias organizada pelos estilistas da grife Dolce & Gabbana e pela revista Vogue americana, e que traça a evolução da beleza e da sensualidade feminina nos últimos 80 anos, na visão de alguns dos maiores fotógrafos de moda deste período.

Fotos: Veja imagens da exposição

Steven Klein/Divulgação

Steven Klein/Divulgação

Foto da mostra "Extreme Beauty in Vogue"


Em cartaz no Palazzo della Ragione, a mostra "Extreme Beauty in Vogue" traz 87 fotos assinadas por 17 artistas como Annie Leibovitz, Steven Klein, Erwin Blumenfeld, Richard Avedon, Irving Penn e Helmut Newton.

Segundo Anna Wintour, diretora da Vogue americana - a publicação de moda mais influente do mundo -, através das fotografias expostas é possível ter uma ideia de como o ideal de beleza mudou ao longo dos anos e quais fotógrafos conseguiram superar a passagem do tempo.

"É estimulante ver quanto foram audazes e visionários muitos fotógrafos da Vogue nos últimos 80 anos. Muitas destas fotos conservam o frescor de quando foram feitas", comentou Wintour na abertura da exposição.

Uma seção inteira da mostra é dedicada ao fotógrafo Irving Penn, que soube transformar o corpo e o rosto femininos em imagens de grande criatividade e força emotiva.

Ele é um dos fotógrafos preferidos de Anna Wintour. "Os retratos de Irving Penn são o exemplo mais significativo e representativo do meu ideal de beleza, que é um conceito em constante evolução", disse a diretora da Vogue.

Os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana concordam. "A beleza clássica deu lugar à palidez dos anos 20, às formas dos anos 50 e assim por diante, numa sequência de transformações e elaboração de conceitos que chegam a celebrar os extremos", analisaram os estilistas em entrevista ao programa semanal da TV italiana Magazine.

Segundo Dolce e Gabbana, entre as fotografias expostas não há apenas retratos de absoluta perfeição, mas sobretudo interpretações pessoais e subjetivas. "Às vezes, a beleza parece coincidir com a feiúra e algumas imagens transmitem ironia e gozação".

"Seguir um ideal não tem sentido. Não é a altura ou a magreza, o seio grande ou os lábios carnudos. Há mulheres belas que nada têm de belo. Mas talvez o segredo seja que estão bem consigo mesmas e portanto com o mundo", avaliam os estilistas.

A exposição tem direção artística do arquiteto francês Jean Nouvel, e fica em cartaz até o dia 10 de maio.

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