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Coques estão em alta; especialistas dão dicas de como usá-los

ISABELA LEAL

Colaboração para o UOL

14/04/2010 07h00

Clássico dos penteados, o coque sempre é uma opção na hora de prender o cabelo. Dependendo da época, porém, é mais ou menos usado. Pois nesta estação, prepare o arsenal de grampos: os coques, dos mais variados tipos, invadiram as cabeças das mulheres em passarelas de semanas de moda como a de Nova York e, em especial no Oscar 2010. No tapete vermelho,  Anne Hathaway (Alice no País das Maravilhas), Diane Kruger (Bastardos Inglórios), Kristen Stewart (Crepúsculo), Penélope Cruz (Nine) e Sarah Jessica Parker (Sex and the City), entre outras famosas, optaram pelo coque para acompanhar seus trajes de gala.

  • Alexandre Schneider/UOL

    Coques em três estilos diferentes: coque-trança, no alto da cabeça e baixo

Por aqui, o penteado faz a cabeça de famosas como Adriane Galisteu, Grazi Massafera, Deborah Secco e Danielle Winits, fãs incondicionais do caracol estilizado. “Estou sempre de coque. Acho prático, bonito, despojado. Quando surge um evento inesperado, é um penteado que dá para fazer em casa, sem precisar ir ao salão, e o cabelo fica super arrumado. Para quem tem cabelo comprido, o coque é uma boa alternativa para não ficar sempre com a mesma cara”, conta a apresentadora Adriane Galisteu. “É um penteado que pode ser sofisticado ou despojado, depende do nosso estado de espírito. Gosto dessa versatilidade”, diz a atriz Danielle Winits.


Vale tudo na hora de criar

 

Os cabelos médios e longos são os mais adequados para o penteado. “O comprimento a partir do ombro já é suficiente para fazer um coque simples e bonito. Só precisa ser comprido o suficiente para dar uma volta com os fios”, explica o cabeleireiro Celso Kamura, do salão C.Kamura, de São Paulo. Mas os curtos e sem volume não precisam ficar de fora dessa tendência. “Uma boa opção é usar um aplique, se a mulher curtir mesmo o estilo”, sugere Chris Villas Boas, hair stylist do Visage Coiffeur, do Rio de Janeiro. “Os repicados são perfeitos para fazer o estilo desalinhado, num look muito despojado”, complementa Luciana Nilo, cabeleireira e proprietária do salão Clip, de Belo Horizonte (MG).

 

O que fazer com a franja também costuma ser um dilema na hora de criar o penteado. Deixar solta, prender, passar algum produto – tudo é motivo de dúvida. “Vai depender do momento e do efeito que se quer. A mulher pode assumir a franja e deixar caída de lado naturalmente. Ou pode pentear para trás e fixar com spray. Pode ficar como quiser, mas é legal que tenha uma textura produzida com pomada, que pode ser seca, com um visual mais natural, ou úmida”, ensina Kamura.

 

Truques de mestres

 

Cabelos presos deixam o rosto em evidência, o que pode acabar expondo características que passam despercebidas com a cabeleira solta, como testa e orelhas grandes, maçãs cheinhas, rosto redondo. Mas isso não é motivo para abrir mão do penteado, que é a bola da vez. Basta prender os fios de acordo com o que se quer disfarçar. “Rostos redondos ficam alongados com os cabelos semi-presos, então a dica é prender metade dos fios. Os coques mais despojados, com fios soltos, também disfarçam o problema”, sugere Chris Villas Boas, do Rio de Janeiro. “Se as orelhas não agradam, os coques mais frouxos nas laterais são indicados. Já a testa tem fácil solução com um franjão lateral”, resume a cabeleireira carioca. As maçãs gordinhas também podem ser amenizadas. “Neste caso, é melhor evitar coques altos demais e raiz com muito volume”, aconselha Luciana Nilo, de Belo Horizonte. “Até mesmo quem está acima do peso pode se beneficiar com os coques. Por exemplo, os mais altos alongam a silhueta”, finaliza Kamura.

 

Produtos cosméticos: bons aliados


Quem quiser se arriscar e experimentar fazer os mais diversos estilos de caracóis é bom saber que os produtos modeladores, de definição, sustentação e finalização são importantes aliados no resultado final do penteado. Estamos falando de mousse, pomada, gel, pasta e spray. A escolha por um deles vai depender do efeito que se quer ter, que tem relação direta com o tipo de fio, o estilo de coque, a quantidade e o tamanho do cabelo, se é repicado ou não, se vai ter volume ou não, textura ou não e quanto tempo o penteado deve durar. Mas vale lembrar que nenhum deles escapa de uma regra básica. “Melhor não exagerar na quantidade e cuidar para aplicar só no comprimento do fio, nunca na raiz”, diz Kamura.

 

No entanto, isso não significa que os penteados bem produzidos são apenas aqueles que contam com esse recurso cosmético. Se o cabelo for jeitoso, com uma quantidade razoável de fios, sem ser muito fino e liso, não é preciso um cosmético de apoio, basta prender bem com elástico ou grampos, conforme o estilo. Em alguns casos, nem isso: o cabelo se sustenta com um arremate das pontas por entre as voltas do caracol. E à medida que os fios vão cedendo e ficando desarrumados é que o visual pode ficar ainda mais descolado. Tudo vai depender do resultado desejado.

 

 

Coque para o dia e para a noite


Apesar da moda ser democrática e os coques ficarem bem a qualquer hora e em todo tipo de ocasião, é bom distinguir os estilos descontraídos do dia, dos mais elaborados, da noite. Os soltinhos, despojados, com a raiz mais frouxa, que os experts estão chamando de desconstruídos, com alguns fios caídos, são práticos e bonitos para o dia a dia. Já os mais altos, bem esticados, ou aqueles com voltas estilizadas em “oito” ou trança na região da nuca, são elegantes para a noite.

 

Os acessórios de cabeça, outro item que é tendência neste inverno, como as fivelas, tiaras, flores, faixas e fitas também ajudam a compor o look para o dia ou para a noite. “Se o evento é à noite, mais chique, uso uma fivela ou tiara com brilho para dar um glamour. Adoro brincar com os acessórios. Se for de dia, vou sem nada, mais natural”, conta Galisteu. Já a atriz Danielle Winits usou outro recurso para uma ocasião de gala. “Fiz um coque com aplique para dar volume, e nada mais. Não usei produto finalizador, nem acessório”. Para quem não resiste aos acessórios, mas nunca sabe como usá-los, a dica é ser discreto. “É bom evitar os coloridos e cheios de detalhes e dar preferência para aqueles que têm o mesmo tom do cabelo, já que normalmente ainda há os brincos e os detalhes do vestido. Dependendo de como for essa combinação, o look pode ficar over”, alerta a cabeleireira Luciana Nilo. Mas é bom deixar claro que é possível lançar mão de um coque mais simples à noite ou mais elaborado de dia: basta acertar o tom com uma maquiagem adequada ao resultado desejado. “O make define o look do coque e libera todos os estilos para qualquer mulher, independentemente do tipo de cabelo, hora do dia e evento”, resume Kamura.