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Solange Knowles exclui conta no Twitter em protesto por violência racial

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

17/08/2017 15h59

A cantora Solange Knowles decidiu excluir seu Twitter na noite da última terça-feira (15), com forma de protesto pelo atual situação dos Estados Unidos--governado pelo presidente Donald Trump, bem como pela violência ocorrida no fim de semana em Charlottesville, na Virgínia, onde um neonazista matou uma mulher quando investiu com seu carro contra a multidão que protestava contra a marcha racista no último final de semana.

"Excluindo o meu Twitter em breve, mas antes de mergulhar. (Gostaria de saber) quando vamos subir?", escreveu no microblog. "E o que temos que fazer para deixar a minha nova heroína, Takiyah Thompson, livre?", ressaltou, chamando a atenção para a jovem ativista negra presa também na terça-feira após escalar uma estátua que homenageava quem lutou na Guerra Civil Americana. A alegações incluem conduta desordeira e incitar motim.
 
Solange postou este Twitter antes de excluir a conta - Reprodução - Reprodução
Solange postou este Twitter antes de excluir a conta
Imagem: Reprodução

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que existe culpa em "ambos os lados" pelos confrontos ocorridos em Virgínia. "Há dois lados em uma história", disse Trump a jornalistas na Trump Tower, em Nova York, onde reagiu com agressividade a perguntas sobre sua reação à violenta marcha de supremacistas brancos realizada em Charlottesville e que terminou em um banho de sangue.

"Observei atentamente, muito mais atentamente do que a maioria das pessoas. Havia um grupo de um lado que era agressivo e outro grupo do outro lado que também era muito violento. Ninguém quer dizer", afirmou. "O que dizer da 'esquerda alternativa' que atacou a 'direita alternativa', como vocês dizem? Eles não têm nenhuma parcela de culpa? Têm um problema? Eu acho que sim", disse.

Culpa em ambos os lados

"Eu acho que houve culpa em ambos os lados e não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Vocês não têm nenhuma dúvida sobre isso também", disse Trump durante uma entrevista coletiva em Nova York. O presidente americano classificou o episódio como "terrível", mas reforçou que nem todos que participaram dos protestos na cidade eram neonazistas ou membros de grupos supremacistas brancos.

"Condenei os neonazistas, condenei vários outros grupos, mas nem todas essas pessoas são neonazistas ou supremacistas brancos, várias pessoas estavam lá para protestar contra a destruição das estátuas", disse Trump.

Quando consultado porque esperou até a segunda-feira para condenar explicitamente os grupos de ódio presentes em Charlottesville no fim de semana, Trump disse que quis ser cuidadoso para não dar uma "declaração apressada" sem o conhecimento de todos os fatos.

Ele chamou o suposto simpatizante nazista, que jogou o próprio carro contra manifestantes anti-racismo - um ataque que matou uma mulher - de uma "desgraça para si próprio, sua família e seu país".