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8 produções sobre o lado B da maternidade disponíveis na Netflix

Heloísa Noronha

Colaboração com o UOL

10/11/2017 04h01

Risos, lágrimas, dificuldades, medos e altas doses de ironia estão presentes nesses títulos, que mostram um lado bem pouco romantizado e fofo da responsabilidade que é ser mãe.

"Perfeita é a mãe!" (2016), de Jon Lucas e Scott Moore

Cena do filme "Perfeita é a mãe!" (2016) - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Com Mila Kunis, Kristen Bell e Kathryn Hahn à frente dos papéis principais, o filme aborda a tarefa humanamente impossível de equilibrar tranquilamente a maternidade com as demandas domésticas, as obrigações profissionais, a relação com o par e as expectativas (próprias e alheias). Também toca num ponto bem sensível e irritante: a competição, o julgamento e o quanto muitas mães amam se sentir superiores umas às outras e usam os filhos como pretexto para ostentar seus feitos. Sem falsos moralismos, a sequência da festa mostra que, às vezes, tudo o que uma mãe precisa (e merece) é tomar umas boas doses e ficar bem louca.

"Minha mãe e eu (2016)", de Paul Duddridge e Nigel Levy

"Minha mãe e eu" (2016) - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

A fotógrafa Rigby Gray (Selma Blair) planeja produzir um ensaio sobre o papel da mãe em diferentes famílias. Ao buscar pessoas para compor seu trabalho, ela conhece diferentes histórias que a ajudarão a enxergar suas relações com a família - e com uma gravidez inesperada - de uma maneira totalmente diferente.

Veja também

"Laços de ternura" (1983), de James L. Brooks

"Laços de ternura" (1983), de James L. Brooks - Divulgação - Divulgação
Cena de "Laços de ternura" (1983)
Imagem: Divulgação

Ganhador do Oscar e do Globo de Ouro de Melhor Filme, "Laços de ternura" é aquele tipo de filme que você deve ver com uma caixa de lenços de papel ao lado - e, ao terminar de assistir, provavelmente vai precisar repor o estoque. Típico dramalhão clássico, relata três décadas de um relacionamento pra lá de conflituoso entre mãe e filha. Tudo mudo quando a filha, interpretada por Debra Winger, descobre que tem câncer ao mesmo tempo em que toma conhecimento da traição do marido. A mãe, a ácida Aurora (Shirley MacLaine, que também ganhou o Oscar e o Globo de Ouro por sua atuação), após anos de viuvez se interessa por um vizinho excêntrico vivido por Jack Nicholson.

"O que esperar quando você está esperando" (2012), de Kirk Jones

"O que esperar quando você está esperando" (2012) - Divulgação - Divulgação
Cena de "O que esperar quando você está esperando" (2012)
Imagem: Divulgação

O título dessa comédia brinca com o nome de um clássico manual para gestantes. O enredo apresenta como os desafios e dificuldades da paternidade iminente transformam a vida de cinco casais de cabeça para baixo. Embora alguns pares tenham mais destaque do que outros, tudo aquilo que assombra as mães de primeira viagem está no filme: gravidez acidental, planejada, impossibilidade de gerar filhos, cólicas, excesso de peso, medo, instabilidade emocional, riscos... O objetivo é mostrar que encarar a parada com leveza é a melhor saída. O elenco traz nomes como Rodrigo Santoro, Jennifer Lopez, Cameron Diaz e Dennis Quaid.

"O Babadook (2014)", de Jennifer Kent

"O Babadook (2014)", de Jennifer Kent - IFC Films/Divulgação - IFC Films/Divulgação
Cena de "O Babadook" (2014)
Imagem: IFC Films/Divulgação

O longa da australiana Jennifer Kent não é fácil de ver - não é à toa que muita gente não gostou. Por isso mesmo, vale uma segunda ou terceira tentativa. Mais do que uma história de terror sobre um garotinho às voltas com um monstro que saiu das páginas de um livro infantil, o filme é repleto de metáforas sobre todas as perdas que a maternidade impõe à mulher. Para começar, é preciso reconstruir a relação com o parceiro: o marido da personagem principal, Amelia (Essie Davis) morreu há seis anos, mas ela ainda não superou. Ela quer de volta o que tinha antes de gerar um filho, o que é impossível. Isso vale também para as noites bem dormidas, a tranquilidade de não ser solicitada a todo instante, a vida sem imprevistos chatos, etc.

"Os garotos da minha vida" (2000), de Penny Marshall

"Os garotos da minha vida" (2000), de Penny Marshall - Reprodução - Reprodução
Cena de "Os garotos da minha vida" (2000)
Imagem: Reprodução

Baseado na autobiografia homônima da escritora Beverly Ann Donofrio, o filme alterna momentos tristes e cômicos para contar a vida de uma adolescente dos anos 60 (interpretada por Drew Barrymore) que se vê obrigada a adiar todos os planos por conta de uma gravidez - e da obrigação de se casar, imposta pelo pai. Além de enfrentar a reação carregada de choque e preconceito dos amigos de escola e da família, Beverly se vê com uma criança nos braços sem ter sequer encerrado direito a adolescência. Para piorar, o parceiro ainda é viciado em drogas. Ao longo do percurso, Beverly também sofre ao ver as pessoas com quais cresceu conseguindo alcançar seus objetivos, enquanto ela precisa lidar com a realidade das consequências de seus atos.

"Para sempre Alice" (2014), de Richard Glatzer e Wash Westmoreland

Para sempre Alice (2014) - Divulgação - Divulgação
Cena de "Para sempre Alice" (2014)
Imagem: Divulgação

E se uma mulher que construiu a vida que quis, tanto como mãe quanto profissional, de repente  tivesse de encarar a perda gradativa da memória - e da própria autonomia? O drama da mãe que se vê dependente da família é o mote desse filme que conta com uma atuação brilhante de Juliane Moore, que conquistou mais de 30 prêmios (inclusive o Oscar e o Globo de Ouro) por sua atuação. Apesar de ser uma história difícil de acompanhar, é bonito ver a reaproximação da personagem de sua filha caçula, Lydia (Kristen Stewart), com quem sempre se estranhou.

"Gilmore Girls" (2000-2016), de Amy Sherman-Paladino

Gilmore Girls - Divulgação - Divulgação
Protagonistas da série "Gilmore Girls"
Imagem: Divulgação

Com sete temporadas produzidas entre 2000 e 2007 e uma temporada especial com quatro episódios lançada em 2016, "Gilmore Girls" é basicamente um tratado sobre a maternidade, com seus pontos fortes e baixos. A própria premissa da série já é uma amostra perfeita: para bancar os estudos da filha Rory (Alexis Bledel) em uma escola de prestígio, Lorelai (Lauren Graham) precisa abrir mão do orgulho e pedir dinheiro emprestado aos pais, com quem sempre teve um relacionamento difícil - principalmente com a mãe, a esnobe Emily (Kelly Bishop). Ao longo dos episódios, as dores e as delícias dos papéis de mãe e filha são mostrados de forma leve e emocionante, mas também com muito drama e sarcasmo.