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Sono ruim? Estresse? 8 razões que impedem você de perder a barriguinha

Getty Images
Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

18/05/2017 04h00

O ponteiro da balança até desce, mas perder a barriguinha que é bom, nada. Se você também passa por esse drama, saiba que de fato as células de gordura dessa parte do corpo têm um metabolismo próprio e dependem de outros fatores - além da dieta e exercícios - para serem queimadas. Mas nós fomos descobrir com os especialistas no assunto o que atrapalha tanto a meta da barriga retinha. Veja o que eles levantaram sobre as principais razões (e erros!) que favorecem a tão indesejada pochete.

Fontes consultadas: Andréia Batista e Giane Fátima da Silva, educadoras físicas especializadas em treinamento funcional; Alan Tiago Scaglione, nutricionista especializado em Suplementação Nutricional aplicada ao Exercício pela USP (Universidade de São Paulo) e Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. 

  • A idade pesa

    Não tem muito como escapar, a partir dos 25 anos, o metabolismo começa a desacelerar: você precisa se esforçar mais para ganhar massa muscular e queimar gordura. Essa redução no ritmo do organismo é contínua e piora ainda mais com a chegada da menopausa nas mulheres ou da andropausa nos homens, que é quando os hormônios ficam desregulados. Para combater os efeitos do tempo, é preciso manter hábitos saudáveis durante toda a vida e não só quando quer emagrecer -, o que significa praticar atividade física regularmente e fazer refeições balanceadas.

  • As mulheres sofrem mais

    As mulheres não conseguem definir o abdômen na mesma velocidade, e nem usando as mesmas técnicas, que os homens. Isso porque elas têm mais facilidade para ganhar gordura e mais dificuldade para perdê-la, em comparação com eles. A causa é hormonal: homens produzem mais testosterona do que as mulheres e, por isso, têm mais massa muscular, o que aumenta a queima de gordura -já que o músculo consome energia, mesmo em repouso. As mulheres também produzem progesterona, que é o hormônio responsável pelos contornos femininos e que manda a gordura para áreas como quadris e seios. Por isso, é importante que a dieta e o treinamento sejam sempre personalizados.

  • Estresse nas alturas

    Em momentos de estresse, o corpo libera o hormônio cortisol, que deixa o organismo em estado de alerta. Nessas situações, ocorre uma diminuição da queima calórica com o objetivo de poupar energia - é o corpo se preparando para enfrentar um possível perigo. Quando o estresse se torna constante, o cortisol em excesso no corpo passa a mover o açúcar concentrado no fígado para a corrente sanguínea. Quando esse açúcar não é queimado, acaba indo parar na barriguinha em forma de gordura.

  • Não dormir o suficiente

    A necessidade de horas de sono diárias varia de uma pessoa para outra. Mas quando você não tem um sono restaurador, fica mais difícil diminuir as medidas da barriga. Durante o sono são produzidos hormônios que favorecem à saciedade, evitando os ataques de gula. Um estudo divulgado em 2013, conduzido pelo Laboratório de Sono e Cronobiologia da Universidade de Colorado Boulder, nos Estados Unidos, mostrou que voluntários que dormiram cinco horas por noite durante uma semana ganharam 900g no período. Isso porque eles beliscavam mais alimentos entre as refeições, especialmente à noite.

  • Consumir muito produto industrializado

    Se a sua lista de supermercado inclui itens como lasanha congelada, embutidos, biscoitos recheados e salgadinhos, é preciso rever os seus hábitos alimentares. Muitos desses itens contêm gorduras trans que, por não serem reconhecidas pelo organismo, não são metabolizadas. Isso provoca o acúmulo de gordura na região abdominal, além de aumentar os níveis de colesterol ruim. Já o sódio presente em todos esses produtos inflama as células do corpo e favorece o inchaço. É quando aparece a barriguinha saliente.

  • Fazer exercícios sempre na mesma intensidade

    Ficar sempre na mesma toada na academia também empaca a queima da gordura da barriga. O treinamento intervalado de alta intensidade, conhecido como HIIT, é defendido pelos profissionais como o mais eficiente para perder os pneuzinhos. Ele consiste em fazer pequenos treinos seguidos, de 5 a 8 minutos, intercalando momentos intensos (quando você não consegue falar, de tão ofegante) com instantes de descanso. Segundo os especialistas, a estratégia ajuda a manter o metabolismo acelerado e gastando energia mesmo horas depois da atividade física.

  • Fugir do abdominal

    Ainda que apenas o fortalecimento do abdômen não deixe a barriga chapada, ele é importante para aumentar o gasto de energia na região. Isso vai evitar o acúmulo de mais células de gordura, que tendem a aparecer nas áreas do corpo que são menos trabalhadas. Abdominais também melhoram a aparência da barriguinha, já que a falta de força dessa musculatura projeta a barriga para a frente. O ideal é unir treinos de força com exercícios aeróbicos (HIIT, caminhada, corrida, pedalada e aula de step, por exemplo).

  • Comer carboidratos do jeito errado

    O valor do índice glicêmico de um alimento diz em quanto tempo ele é digerido pelo corpo e quão rápido o açúcar chega à corrente sanguínea. Quanto mais alto o IG, mais veloz é o processo todo. O problema desse mecanismo é que um jato de açúcar no sangue leva aos picos glicêmicos, que contribuem para o aumento da gordura visceral e alargam a cintura. Em geral, alimentos ricos em carboidratos, como pães, biscoitos e até frutas, são os que têm IG mais alto.

    O segredo, então, é não comer o carboidrato isolado, mas acompanhado de uma gordura boa (azeite e castanha-do-pará, por exemplo), de uma proteína magra (como carne, frango ou queijo branco) ou de fibras. Assim, o corpo demora mais para digerir a refeição e o processo de mandar glicose para o sangue fica mais lento. Na prática, em vez de comer um prato de macarrão com molho vermelho apenas, acrescente um pedaço de carne, um fio de azeite e salada crua à refeição. No lanche, consuma uma fruta acompanhada de castanhas, por exemplo.