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Aprenda a evitar ressacas no fim de ano (ou a sobreviver ao dia seguinte)

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

17/12/2016 07h20

Chega o fim do ano e as festas se multiplicam: é o happy hour com os amigos do trabalho, o amigo secreto com o pessoal do curso, a ceia de Natal, a balada de Ano-Novo... E o resultado, quase sempre, é devastador: ressaca na certa.

Antes de prometer que nunca mais vai colocar uma gota de álcool na boca ou apelar para alguma cura caseira (que pode piorar a situação), veja o que funciona de verdade para não amanhecer com o famoso "gosto de cabo de guarda-chuva" na boca.

Quem dá as dicas são os médicos Paulo Olzon, da Escola Paulista de Medicina/Unifesp, Jacob Faintuch, do Hospital das Clínicas em São Paulo, e Guilherme Andrade, do Hospital 9 de Julho, também na capital paulista. 

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    Antes da festa

    Sabe aquela dica de não beber de estômago vazio? Ela funciona, mesmo. Uma boa refeição antes de ir para a festa fará com que seu corpo absorva o álcool mais lentamente e reduz a hipoglicemia (queda de açúcar no sangue), um dos responsáveis pela ressaca.

    Mas e aquela lenda urbana que manda tomar uma colher de azeite antes da farra para evitar a ressaca? "É um grande mito", diz Paulo Olzon.

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    Não misture

    A festa pode ser open bar, mas seu fígado é um só --e ele não consegue processar tantas substâncias diferentes ao mesmo tempo. Cada tipo de bebida tem uma composição química diferente e atinge seu corpo de diversas maneiras. Portanto, para evitar a famosa "perda total", a sugestão é não misturar destilados e fermentados.

    Alternar os drinques com água, refrigerante ou sucos ajuda a equilibrar o organismo, reduzindo a chance da ressaca. "Mesmo que você esteja só tomando cerveja, intercale sempre com água", explica Paulo. "Mantendo-se hidratado, os rins funcionam melhor e você elimina as toxinas do álcool mais depressa".

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    O mito da resistência

    Sim, existe quem seja mais resistente ao álcool. Em geral, homens têm maior tolerância do que mulheres, por causa da constituição física, e os mais jovens têm vantagem sobre os mais velhos. "A resistência também pode ser uma coisa muito mais comportamental, como a pessoa que bebe mais lentamente ou que desidrata com menos facilidade, por exemplo", diz Guilherme.

    A chave para aproveitar as festas sem dar vexame está na moderação. "O melhor é conhecer sua tolerância para bebida e ir aos poucos, para dar tempo do fígado processar o álcool", diz Jacob Faintuch.

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    Cuidado com a medicação

    Todo mundo tem um "santo remédio" para evitar o pior da ressaca, mas tome cuidado. "Alguns medicamentos podem até aliviar os sintomas, mas não servem para prevenção", diz Guilherme. Aquele remédio que todo mundo toma antes de beber só faz efeito de 30 a 60 minutos após sua ingestão. Se coincidir com o fim da bebedeira, parecer prevenir a ressaca. "Mas caso a farra dure mais do que seis horas, o efeito da medicação já vai ter passado."

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    Redução de danos

    O combate à ressaca começa assim que acaba a festa. "Chegando em casa, tente comer alguma coisa com carboridratos, tome um suco de laranja", diz Jacob. "Um bom café com leite e açúcar também ajuda a atenuar os efeitos colaterais da bebida." Café puro espanta a moleza resultante do consumo de álcool, mas pode irritar ainda mais o estômago.

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    No dia seguinte

    O dia seguinte foi amargo? Hora de pegar leve. "O melhor mesmo é dormir e tomar muita água", explica Paulo Olzon. A dica é ser gentil com seu estômago: nada de comida gordurosa ou de temperos exagerados enquanto você estiver se recuperando. Frutas, legumes cozidos e carnes magras são boas sugestões.

    E, mesmo que seja tentador, espere um pouco antes de encarar a próxima noitada. "Não pense que a melhor cura para a ressaca é beber de novo. Isso é mito", diz Guilherme. "A pessoa está tapeando seu corpo e se intoxicando ainda mais."