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Barrinha de proteína engorda? Tire essa e mais dúvidas sobre o alimento

Barrinhas de proteína são normalmente recomendadas para o pós-treino - iStock
Barrinhas de proteína são normalmente recomendadas para o pós-treino
Imagem: iStock

Colaboração para o UOL

27/11/2016 07h20

Diferentemente das barrinhas de cereais convencionais, que são compostas em grande parte por carboidratos e fibras, as versões proteicas chegam a fornecer uma quantidade até dez vezes maior do nutriente. “Enquanto as convencionais possuem cerca de um ou dois gramas, essas fornecem de oito a vinte gramas de proteína”, afirma a nutricionista esportiva Ursula Romano, do Rio de Janeiro. A seguir, tiramos as principais dúvidas sobre o assunto:

1) Para quem é indicada?

Para quem realiza exercícios físicos, em qualquer nível de condicionamento, e para pessoas que por qualquer razão não possam ingerir fontes tradicionais de proteínas, como carnes e ovos. “Ou se você tiver viajado para um local em que esteja difícil manter uma alimentação adequada”, acrescenta o nutricionista Helton Finocchio, do Rio de Janeiro.

Resumindo: qualquer pessoa pode consumi-la de vez em quando, desde que não exagere na dose. “O excesso pode causar problemas nos rins e no fígado, órgãos envolvidos no metabolismo proteico”, alerta Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo. O ideal é que a ingestão seja de, no máximo, duas barras por semana. 

2) Qual é a importância da proteína para a saúde?

“A proteína tem como principal função a construção e renovação de todos os nossos tecidos, desde os órgãos e músculos até cabelos, pele e unhas”, explica a nutricionista esportiva Camila Gomes, de São Paulo. Sem ela, não somos capazes de ganhar massa muscular e nossa pele fica sem viço e opaca. Seu consumo é essencial em todas as fases da vida. 
 

3) Quais ingredientes uma boa barrinha deve ter?

A regra é a seguinte: os primeiros ingredientes a aparecerem no rótulo são os que estão em maior quantidade no alimento. Portanto, antes de tudo, procure pela proteína. “É importante haver um mix de proteínas, pois cada uma possui uma velocidade diferente de absorção. Precisamos de proteínas de lenta absorção para a manutenção de massa muscular e de média e rápida para a reconstrução dos músculos”, orienta Camila.

Escolha aquela que tenha ao menos 10 gramas de proteínas e procure por albumina e caseína, de lenta absorção, e whey protein, de rápida absorção. “Se tiver com dificuldades para escolher, vá de whey protein. Ela é menos alergênica e evita desconfortos, como gases”, diz Ursula. Uma boa barrinha deve apresentar muitas fibras e baixo teor de gorduras, de carboidratos e de aditivos químicos, como corantes, aromatizantes e conservantes.

Prefira aquelas que tenham como fonte de carboidrato os cereais e as frutas secas, como quinoa e ameixa. “De modo geral, quanto menos nomes estranhos o rótulo tiver, melhor. Não consuma barrinhas com um corante denominado caramelo IV, altamente cancerígeno”, indica Alessandra Scutellaro, nutricionista esportiva, do Rio de Janeiro. 
 

4) Barras de proteínas engordam?

Isso vai depender da sua composição. “As que contêm muito açúcar, disfarçado de nomes como xarope de milho, xarope de glicose, maltodextrina e sacarose, favorecem o ganho de peso”, destaca Ursula. Se a barrinha tiver chocolate, certifique-se de que ele é de boa qualidade e não possui gordura hidrogenada vegetal na fórmula.

A melhor opção é investir nas que tenham cacau e sejam adoçadas com xilitol, um adoçante natural. Para Alessandra Scutellaro, o principal é atentar-se aos ingredientes, sem se apegar às calorias. “Calorias não são tão importantes quanto a qualidade dos itens. Uma barrinha com menos calorias e péssimos ingredientes vai engordar muito mais que uma que seja mais calórica e mais nutritiva”, compara. 
 

5) Qual é o melhor horário para o consumo?

No pré ou no pós-treino, se for malhar, ou no lanche da manhã ou da tarde, se não tiver tempo para realizar uma refeição mais completa. “Em suma, vai depender do objetivo da pessoa. O consumo no pós-treino auxilia na recuperação muscular, no entanto há estratégias nutricionais em que a ingestão deve ser feita no pré-treino ou ao longo do dia em um dos lanches”, conclui Ursula. 

Cinco barrinhas proteicas

  • Divulgação

    Darkness

    A Whey Bar Frutas Vermelhas com Cranberry contém proteínas lácteas de alto valor biológico, carboidratos de baixo índice glicêmico, vitaminas e minerais. Indicada para adeptos do bodybuilding. Preço sugerido: R$12,90. Valor nutricional: 338 calorias.

  • Divulgação

    VO2

    Recomendada para o pré-treino, a Protein Bar Pão de Mel é composta por proteínas, carboidratos e vitaminas e minerais como manganês e cobre. É isenta de gorduras trans e possui whey protein e colágeno, que combate a flacidez da pele. Preço sugerido: R$2,99. Valor nutricional: 127 calorias.

  • Divulgação

    Integralmedica

    A Protein Crisp Romeu e Julieta pode ser consumida no pré e no pós-treino ou nos lanches da manhã e da tarde. Possui colágeno hidrolisado e proteína isolada de soja. Contém corantes e conservantes. Preço sugerido: R$5,48. Valor nutricional: 173 calorias.

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    Nu3

    Com 12 gramas de proteína por porção, é composta por whey protein, colágeno hidrolisado, zinco, selênio e vitaminas B2, B5, B9 e B12. Não contém glúten, adoçantes artificiais ou corantes artificiais. Preço sugerido: R$ 6,32. Valor nutricional: 134 calorias.

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    biO2

    Sem glúten, lactose, aromatizantes, corantes e conservantes, a barrinha Alfarroba + Amendoim possui em sua composição proteína de ervilha, proteína de arroz, óleo de girassol e cacau em pó. Não contém glúten. Preço sugerido: R$ 7,30. Valor nutricional: 160 calorias.