Santa Catarina confirma seis casos em surto de botulismo no norte do Estado
Após a constatação de surto de botulismo em Santa Catarina, com a nota oficial divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoridades estaduais confirmaram nesta quarta-feira (6) a existência de seis casos da doença no norte catarinense. Uma pessoa morreu há um mês, depois de consumir uma mortadela contaminada.
A dona de casa Benta Lamego (36) ingeriu o alimento em Araquari (a 182 km de Florianópolis). Ela foi conduzida até o Hospital Regional de Joinville, onde passou pelos cuidados de um neurologista e um gastroenterologista, que não descobriram a doença. Um psiquiatra chegou a sedar a paciente, diagnosticando como um quadro de ansiedade.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o erro médico poderia ter ocorrido por desconhecimento, e não por negligência como acusa a família da vítima, pois não havia um registro oficial anterior de botulismo em Santa Catarina. Mas lembrou que a doença e seus sintomas são estudados em faculdades de medicina.
A confirmação do surto nesta terça-feira (05) veio após a análise feita pelo Instituto Adolfo Lutz (SP) constatar a presença da bactéria Clostridium botulinum, que produz a toxina causadora deste tipo de intoxicação alimentar. Nos outros cinco casos, as pessoas não correm mais risco de morte. A sétima suspeita foi descartada, com o resultado laboratorial negativo.
Segundo a Anvisa, a Penasul Alimentos, fabricante da mortadela, enviou uma nota ao órgão assegurando que ainda não havia tido acesso a qualquer documento que estabelecesse relação da mortadela com os casos da doença. Também menciona que suas unidades sempre seguiram rigorosas normas de segurança durante a produção.
Ainda segundo a empresa gaúcha, o lote do produto foi retirado do mercado de forma “proativa e preventivamente” em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, onde a mortadela é comercializada. Após o recolhimento, nenhuma outra suspeita de botulismo foi identificada. O Ministério da Agricultura será responsável por estabelecer possíveis penalidades ao frigorífico.
As pessoas que ainda tiverem algum item nesta especificação (mortadela com cubos de toucinho Pena Branca, fabricada em 17 de fevereiro e com vencimento em 18 de abril de 2011) devem informar à Vigilância Sanitária, para que o material seja recolhido e destruído apropriadamente.
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