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Opção para quem está de dieta, cerveja light tem redução de até 25% de calorias

A bebida é feita com teor de álcool reduzido  - Thinkstock
A bebida é feita com teor de álcool reduzido Imagem: Thinkstock

Thamires Andrade

Do UOL, em São Paulo

11/05/2012 07h00Atualizada em 11/05/2012 12h03

Quem está de dieta e não quer cortar a cerveja do happy hour pode optar por versões light. Com redução de até 25% de calorias, a bebida, segundo a mestre cervejeira e sommelier Cilene Saorin, tem como característica ser ainda mais leve do que as cervejas pilsen.

O que garante a menor quantidade de calorias é o teor alcoólico reduzido. "O álcool é uma das substâncias mais calóricas que existem. Cada grama contém  7 calorias, por isso quanto maior o teor alcoólico de uma cerveja, maior será a quantidade de calorias", explica Eliane Colis, nutricionista do Instituto de Medicina Sallet.

Regina Pereira, diretora do departamento de nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de SP, alerta que ainda assim o consumo deve ser feito com moderação. "O recomendado para quem não quer ingerir muitas calorias é tomar até três latinhas, pois se tomar uma grande quantidade de nada vai adiantar a troca", afirma.

Os pacientes diabéticos devem ficar atentos ao consumo, pois a cerveja light tem maior quantidade de açúcar do que a normal.

Associação

A cerveja está sempre associada com porções fritas e calóricas disponíveis nos bares. Para não ganhar todas as calorias eliminadas com a troca da cerveja normal pela light, escolha sempre opções com baixo teor de gordura.

"O ideal é um petisco mais leve, como o tremoço, que é um grão de baixo valor calórico, azeitona, berinjela, peito de peru e até mesmo uma saladinha", recomenda Pereira.

Evite comer pães em excesso e petiscos gordurosos, como provolone à milanesa, batata frita e calabresa frita.

Sabor

Para reduzir as calorias, a cerveja light tem redução de teor alcoólico e carboidratos e tem mais água acrescentada em sua fórmula. "Do ponto de vista sensorial, elas são ainda mais delicadas e menos intensas do que as cervejas mais populares brasileiras", explica Saorin.

Para que a cerveja light chegue à mesa com uma boa qualidade sensorial, não pode haver nenhum desajuste tanto na produção quanto no transporte e armazenamento.

"Alguns processos como congelar e depois descongelar, além de deixar a cerveja esquentando no sol, afetam a qualidade de qualquer cerveja, especialmente a da light", exemplifica.

Mercado

O mais recente lançamento dessa categoria foi a Itaipava Light, do Grupo Petrópolis, mas a Ambev também já teve em seu portfólio o mesmo tipo de bebida, que não foi bem aceito pelos consumidores na ocasião.

Para Saorin, um dos motivos da rejeição foi a procura dos brasileiros por diferentes informações sensoriais. "Existem mais de 120 estilos de cerveja e quando a pessoa é apresentada a diferentes informações é difícil ela optar por uma cerveja como a light, que tem pouca expressão sensorial", explica.

A mestre cervejeira reconhece que atualmente há um nicho de mercado interessado em cuidar do corpo e da saúde e que optaria pela light, mesmo diante de outras cervejas consideradas mais 'gastronômicas'.