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Dieta mediterrânea prega, antes de tudo, atividade física, diz nutróloga

Azeite de oliva é um dos ingredientes presentes na dieta mediterrânea - Thikstock
Azeite de oliva é um dos ingredientes presentes na dieta mediterrânea Imagem: Thikstock

Thamires Andrade

Do UOL, em São Paulo

26/09/2013 06h00

Baseada nos hábitos alimentares dos povos das regiões banhadas pelo mar Mediterrâneo, a dieta mediterrânea caiu no gosto de quem deseja emagrecer de forma saudável. Com um cardápio composto por alimentos como frutas, legumes, verduras, azeite, peixes e vinho, a dieta prega não só a socialização na hora de se alimentar, mas também coloca a atividade física como o mais importante para quem deseja seguir esse tipo de alimentação.

A observação foi feita pela professora titular de cirurgia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Isabel Correia, durante o 17º Congresso Brasileiro de Nutrologia organizado pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), nesta quarta-feira (25).

"A primeira coisa que é possível ver na pirâmide alimentar da dieta mediterrânea é que as atividades físicas estão presentes na base junto com a orientação de beber muito líquido. Ou seja, muito mais do que a dieta, o exercício físico é importante e precisa fazer parte do nosso dia a dia", alerta a nutróloga.

Considerada padrão cultural pela Unesco em 2010, a dieta mediterrânea também dá importância à maneira que os alimentos são plantados. "Ela prega um cuidado no plantio e na colheita dos alimentos e a confraternização a mesa, cada dia mais difícil de se encontrar na correria dos dias de hoje", comenta.

Alvo de muitos estudos, a dieta mediterrânea mostrou eficiência no tratamento da síndrome metabólica, conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Normalmente, essa doença se manifesta em pacientes obesos, hipertensos e com dislipidemia.

"Estudos australianos, americanos e gregos mostram que seguir a dieta mediterrânea diminui os riscos de doenças cardiovasculares, além de melhorar os níveis de triglicérides e da pressão arterial", aponta Correia.

Outro estudo mostrado pela especialista comprovou que 44% das mulheres com síndrome metabólica que seguiram a dieta mediterrânea por 12 semanas apresentaram melhores níveis de colesterol, além de terem emagrecido.

"Em suma, o tratamento para a síndrome metabólica consiste na mudança de estilo de vida, composto pela dieta e exercício físico. Por ter uma variedade de opções saudáveis, a mediterrânea ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares que acometem muitos indivíduos", finaliza.