Mania entre famosas, cinta modeladora traz mais riscos do que benefícios
Em um post publicitário em seu Instagram, Giovanna Ewbank disse que usa cinta modeladora “sempre” para deixar a “coluna retinha durante a malhação e no dia a dia”. A atriz não é a primeira a propagandear –ganhando ou não—as vantagens do acessório. Das irmãs Kardashian a Gracyanne Barbosa, outras famosas já falaram sobre o produto, mas vesti-lo continuamente não é bem visto pelo ortopedista e cirurgião de coluna João Bergamaschi.
“Usar diariamente não é recomendado porque causa atrofia da musculatura da coluna e do abdome. É como se a cinta funcionasse no lugar do músculo, que, a longo prazo, fica flácido. A longo prazo, ela traz mais riscos do que benefícios”, explica o médico.
O ortopedista, no entanto, não vê problema na utilização eventual do acessório e em situações específicas na academia. “Esse tipo de cinta cumpre uma função estética, de afinar a silhueta, e dá sustentação para exercícios que envolvam levantamento de cargas pesadas. Mas, mesmo nesse último caso, não aconselho a malhar o tempo inteiro com ela.” Quando usada adequadamente na academia, a cinta modeladora evita lesões musculares –como hérnia abdominal (frouxidão dos músculos do abdome)—e dá suporte para a região lombar. “Ela é também útil no pós-operatório de algumas cirurgias, como abdominoplastia, lipoescultura e procedimentos cirúrgicos na coluna.
Apesar de visualmente aflitiva, a cinta não causa danos à circulação sanguínea ao comprimir a região abdominal, causando o efeito “cinturinha de pilão” que as famosas amam. “Há camadas protetoras de gordura e músculos, e os vasos sanguíneos da área são mais profundos, estando protegidos”, fala Bergamaschi.
O ortopedista e cirurgião diz que o acessório modelador está em desuso mesmo em uma situação em que costumava ser prescrito rotineiramente: o pós-parto.
“Ainda há médicos que indicam para suas pacientes, mas é preferível que a mulher que acabou de ter bebê faça fisioterapia para recuperar a musculatura da barriga do que use continuamente a cinta”, diz Bergamaschi.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.