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Você vive cansado? Alguma dessas 6 razões pode ser o motivo

Estresse, cansa?o, depress?o - Getty Images/iStockphoto
Estresse, cansa?o, depress?o Imagem: Getty Images/iStockphoto

Gabriela Guimarães e Marina Oliveira

Colaboração para o UOL

24/04/2017 04h00

Acordar exausto todos os dias e passar boa parte do tempo indisposto e sem energia não é normal. Alguns maus hábitos e alterações fisiológicas podem explicar esse quadro. Conheça, a seguir, os mais comuns:

Dormir mal

Acordar várias vezes durante a noite prejudica o descanso, porque fica difícil atingir o sono profundo, que é quando os músculos relaxam de fato e o metabolismo diminui de ritmo, contribuindo para a restauração física. Se isso for um problema frequente, é preciso procurar um especialista em sono. “A melatonina é um indutor de sono que pode ajudar a pessoa a ter noites mais tranquilas”, diz o médico fisiologista Turíbio Leite de Barros, idealizador do Centro de Medicina Esportiva da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Não beber água

Sem perceber, nos desidratamos durante o dia. E o cansaço é um dos sintomas mais comuns da escassez de água no organismo. “A desidratação diminui o volume sanguíneo, fazendo com que o coração trabalhe mais para oferecer à pele e aos músculos quantidades de oxigênio suficientes. Com isso, o corpo aquece e a pessoa se sente desanimada”, diz a nutricionista Fabiana Brito, especialista em nutrição funcional. Para manter-se hidratado, é preciso tomar 35 ml de água por quilo durante o dia. Um indivíduo com 60 kg, por exemplo, deve ingerir 2,1 litros de água diariamente.

Não fazer atividade física

Quanto menos nos movimentamos, menos queremos nos movimentar. “A diminuição da atividade física regride a capacidade funcional do indivíduo. Assim, qualquer pequeno esforço começa a tornar-se desconfortável”, diz Barros. E, ao notar uma sensação incômoda, a tendência é evitar o exercício. “É o que chamamos de círculo vicioso do sedentarismo”, aponta o médico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os benefícios da atividade física, em qualquer fase da vida, são bem maiores do que qualquer problema que ela possa provocar. Pessoas com idade entre 18 e 64 anos devem fazer o possível para praticar 150 minutos semanais de atividade moderada -- em que você sente que faz esforço.

Exercitar-se em excesso

Nenhum extremo é bom. Quando o corpo não tem tempo para se recuperar entre um exercício e outro, ele pode entrar em estado de fadiga crônica. “O problema, na maioria das vezes, não é quando a pessoa faz muito exercício em um dia, mas o acúmulo de esforço frequente, sem tempo de descanso”, diz o médico fisiologista. Por isso, é preciso prestar atenção ao corpo. Se você já acorda cansado da malhação do dia anterior, só há duas alternativas: repousar ou fazer um exercício muito mais leve do que o de costume.

Ingerir poucas vitaminas e minerais

O ferro participa do transporte de oxigênio para a produção de energia. Quando há deficiência desse mineral, o transporte de oxigênio diminui, o que afeta o desempenho físico e mental. É quando pequenos esforços se tornam extremamente cansativos. “A maior causa nutricional do cansaço persistente é a baixa ingestão de vitaminas e minerais, como ferro, fósforo, ácido fólico, potássio, vitamina B1, vitamina A, vitamina B12, vitamina C e zinco”, diz a nutricionista. Exames de sangue semestrais ajudam a acompanhar esses índices. Caso a deficiência seja detectada, uma alternativa é fazer a suplementação, sempre sob supervisão de um médico ou nutricionista.

Ficar estressado

Quando ficamos constantemente tensos, retesamos os músculos do corpo, o que dá a sensação de que estamos mais pesados. O resultado: é preciso fazer mais esforço para realizar as atividades rotineiras. “O cansaço causado pelo estresse faz com que a pessoa se arraste. E não prejudica só o corpo, mas também a concentração. Ela passa a produzir muito menos”, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR (o braço nacional da International Stress Management Association). Para lidar com o problema, convém buscar atividades relaxantes, um hobby ou, em casos mais críticos, procurar ajuda profissional.