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6 soluções caseiras e práticas para evitar efeitos do tempo seco no corpo

19.set.2017 - Pôr do sol na região da Pompeia, zona oeste de São Paulo: clima seco e forte camada de névoa encobre a cidade - Foto Marcelo D. Sants/FramePhoto
19.set.2017 - Pôr do sol na região da Pompeia, zona oeste de São Paulo: clima seco e forte camada de névoa encobre a cidade Imagem: Foto Marcelo D. Sants/FramePhoto

Gabriela Ingrid

Do UOL, em São Paulo

20/09/2017 04h20

A estação está sendo marcada pela forte estiagem na região centro-sul do Brasil, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece o nível acima de 60% de umidade como o de bem-estar para as pessoas, mas os níveis por aqui andam muito abaixo dessa escala. E as previsões não são boas: o tempo seco deve continuar em grande parte do país até o dia 25 de setembro.

Tem alguma dúvida sobre a saúde do seu corpo? Mande sua pergunta para o e-mail pergunteaovivabem@uol.com.br que nós encontraremos os melhores especialistas para respondê-la.

Enquanto isso, a população sofre com a garganta seca, tosse, catarro, olhos sem lubrificação e dor de cabeça --apenas alguns dos sintomas do tempo seco no corpo, sem falar nas doenças respiratórias como rinite e bronquite, que são agravadas nessa época do ano. Abaixo, veja seis táticas simples para amenizar os efeitos do clima do no corpo:

Umidificador - iStock - iStock
O umidificador resolve o problema de baixa umidade, mas com ressalvas
Imagem: iStock

Soro fisiológico

Essa é uma boa alternativa para respirar melhor e hidratar as mucosas. Pode usar sem medo, de três a quatro vezes por dia, para hidratar o nariz.

Umidificador

A estratégia mais utilizada para evitar o tempo seco são os umidificadores. Eles ajudam pessoas mais sensíveis a respirarem melhor. Contudo, use apenas de três a quatro horas por dia, já que o excesso de umidade pode provocar o aparecimento de mofo e bolor no ambiente. E limpe-o toda semana, para evitar colonização por bactérias e fungos.

Baldes d'água e panos úmidos

Apesar de não ter a mesma eficácia do umidificador, colocar um balde d'água no ambiente ou pendurar uma toalha úmida na janela pode ser uma solução fácil e prática para quem não deseja gastar. A vantagem é que eles podem ser deixados no quarto durante a noite toda.

Beba muita água

O ideal é ingerir cerca de 1,5 a 2 litros de água por dia. Nos dias secos, é muito mais fácil se desidratar pela transpiração.

Pele hidratada

Para evitar a pele seca, prefira sabonetes líquidos em óleo e não deixe de passar hidratante no corpo, que ajudam a mantê-la hidratada. E nada de banhos quentes, já que água quente resseca mais a pele. A dermatite atópica, que tem causa na pele seca e provoca vermelhidão, coceira e descamação, deve ser tratada com produtos que mantêm a cútis hidratada. O óleo ozonizado, de coco e o de copaíba são algumas opções naturais.

Evite a exposição solar

É importante evitar atividades ao ar livre e exposição ao sol entre 10h e 16h em dias de muito sol e calor.

O que a baixa umidade causa no corpo?

Com o tempo seco, o muco que cobre o sistema respiratório fica ressecado, diminuindo o mecanismo de defesa deixando o corpo mais propenso a infecções e à invasão de bactérias e vírus. Além disso, o clima ainda aumenta nossa perda de água pela respiração e transpiração. Fica mais fácil  desidratar.

Esse clima também deixa a pele e os olhos mais secos e aumenta o risco de conjuntivite e dermatites. Caso a baixa umidade persista pelo tempo de um mês, por exemplo, ocorre um aumento de uma secreção mais espessa de muco e, com isso, principalmente em crianças e idosos, há maior incidência de pneumonia, crises nas pessoas que sofrem de asma e ainda, em alguns casos, há riscos de infarto e angina para os cardiopatas, causados pelo acúmulo de poluentes na atmosfera. Além disso, há dores de cabeça e irritação nos olhos, nariz e garganta; rompimento de vasos do nariz, provocando sangramento e maior facilidade de se contrair conjuntivite viral, alérgica e síndrome do olho seco.

Fontes: Elnara Márcia Negri, pneumologista do Hospital Sírio-Libanês e Michele Haikal, dermatologista pela Faculdade de Medicina de Harvard.