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7 pequenas chatices da vida a dois que podem virar um inferno com o tempo

Conviver não é fácil e é preciso respeitar o outro (a) - Getty Images
Conviver não é fácil e é preciso respeitar o outro (a) Imagem: Getty Images

Heloísa Noronha

Colaboração para o UOL

22/02/2018 04h00

Na convivência diária de um casal, há situações que parecem bobas e não merecem atenção, mas vão gerando brigas cada vez mais feias e desgastam a relação. O que parece irrelevante hoje pode se transformar num empecilho enorme para a harmonia do casal, por isso é bom conversar o quanto antes. Eis alguns exemplos:

1. O jeito de cada um ajeitar (ou não) as coisas da casa

Em geral, acontecem entre os pares em que um dos dois é mais organizadinho e outro, não. Muitos acreditam que vão encontrar a fórmula perfeita com o tempo. Bobagem. Para os especialistas, o segredo da paz consiste em ligar o botão do f… dane-se. Picuinhas domésticas não valem o sabor de um amor tranquilo. "Se um fica bravo porque o outro aperta a pasta de dente no meio, não há necessidade de soluções mirabolantes ou de se chegar a um entendimento ou meio termo. Comprem duas pastas e pronto! A mesma receita vale para muitas coisas na vida”, diz Luciano Passianotto, psicoterapeuta e terapeuta de casais, de São Paulo (SP). 

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2. Uso do celular quando estão juntos

Em tempos altamente tecnológicos, o celular é uma ferramenta de trabalho, mas também de lazer. Jogos, redes sociais e certos aplicativos são atrativos que levam muita gente a perder a noção do tempo. "O problema é que há pessoas que são viciadas em tecnologia e deixam de conversar com o par que está bem ali, pois estão checando mensagens às vezes irrelevantes", diz Joselene L. Alvim, psicóloga clínica.

3. Convidar um amigo para jantar ou beber em casa sem avisar

Mesmo que aquele amigo que apareceu “inesperadamente” seja um querido, nem sempre a parte do casal que foi pega de surpresa está disposta a recebê-lo. Há dias em que simplesmente queremos ficar em casa sem fazer nada ou apenas em silêncio. “Quem não foi comunicado sobre o fato pode se sentir invadido e desrespeitado em suas necessidades, o que pode gerar uma vontade de revidar e se vingar”, diz a Joselene.

4. Ver um episódio de série ou um filme sem o outro

Se um dos dois, muito curioso sobre o que vai acontecer no próximo episódio, rompe o acordo e decide continuar a série sem a presença do outro, dá treta. Mas não deveria, porque um dos fatores mais essenciais para a harmonia de qualquer relação é a flexibilidade. As regras sobre compartilhamento também devem ter exceções. Com a vida insana que a maioria das pessoas tem hoje, às vezes o tempo a dois é raro. Se um não puder aguardar outro, que tal combinar de assistir tudo de novo? Só que sem spoilers, por favor.

5. Boicotar o lazer individual do par em prol de “mais tempo juntos”

Para Luciano Passianotto, casais felizes entendem que a felicidade está também nas suas experiências individuais: ler um bom livro, tocar violão, surfar, curtir seu trabalho, visitar um lugar diferente, experimentar uma nova comida etc. “E, além de aproveitarem seus prazeres, eles entendem que o outro também tem os dele, mesmo que isso signifique a abdicação de algum tempo juntos. Brigar porque seu par não está dando a atenção que você deseja no momento que você quer pode ser bem prejudicial”.

6. Cobrar interação virtual

É comum casais se marcarem em fotos e postagens e compartilharem um com o outro diversos conteúdos nas mídias sociais. Mas nem todo mundo gosta ou tem tempo para declarações de amor virtuais o tempo todo. Segundo Sandra Oliveira, doutora em Psicologia Clínica pela PUC-RJ, é importante ter em mente que essa nova forma de comunicação também é parte das relações modernas e não pode ser banalizada, mas o casal deve estabelecer quais são suas necessidades e interesses, não desprezando a conversa e as demonstrações de carinho no ambiente "real".

7. Diferenças de “fuso horário”

Se um dos dois é diurno, gosta de atividades na luz do dia e tem mais disposição nesse período, pode encontrar dificuldades em interagir quando o par funciona melhor à noite ou quando a maioria já está indo dormir. Seja qual for o motivo dessa discrepância –temperamento, hábitos anteriores, rotina de trabalho– é fundamental que ninguém se sinta negligenciado ou desprezado porque os horários não combinam. Ambos devem fazer ajustes no cotidiano, mesmo que eles sejam colocados em prática apenas no fim de semana, para a relação flua bem. Apenas aceitar e se calar em meio a ressentimento e raiva pode trazer problemas futuros.