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Economize no enxoval: mães contam quais itens nunca foram usados

Fernanda Marque, 35, e a filha Teresa, 10 meses, ao lado de mamadeiras e esterilizador que não estão em uso - Junior Lago/UOL
Fernanda Marque, 35, e a filha Teresa, 10 meses, ao lado de mamadeiras e esterilizador que não estão em uso Imagem: Junior Lago/UOL

Cecília Gomes

Colaboração para o UOL

20/09/2016 07h05

Montar o enxoval de um bebê é uma tarefa prazerosa, mas é comum os pais se perderem diante de tantas opções e coisas fofas. A seguir, cinco mulheres contam os exageros que cometeram e por que você pode passar sem eles.

Mamadeiras, bicos e esterilizador sobrando

“Comprei um conjunto com mamadeiras de diversos tamanhos e bicos extras, além de um esterilizador de micro-ondas, para acelerar o processo de limpeza no dia a dia. Minha filha não precisou de nenhum desses itens porque consigo amamentá-la só no peito até hoje. Conversei com amigas que cometeram o mesmo erro de comprar antes de o bebê nascer, sem saber se ele iria precisar. Mesmo muito caro, também não usei o protetor de berço. Senti que seria melhor substituí-lo por uma tela furadinha, que não oferece perigo de sufocamento [a Academia Americana de Pediatria não recomenda o uso do protetor]. Entre outros itens que não usei estão gorro e luvas de lã, porque a Teresa nasceu em uma temporada mais quente.” Fernanda Marques, 35, figurinista, mãe de Teresa, 10 meses

A bolsa térmica para cólicas nunca foi necessária

“Nunca usei o mosquiteiro para berço e o suporte para cabeça, de usar dentro do berço, também ficou parado. Ainda investi em uma toalha avental para banho, mas os primeiros banhos eram principalmente em momentos inusitados e ninguém se lembrava de pegá-la. Acabei me acostumando a usar as comuns. Também comprei uma bolsa térmica para alívio de cólica, mas, em momentos tensos com o bebê chorando, resolvia de outros jeitos e não lembrava de usar. Um item bem caro foi o carrinho de passeio, mas o Valentim está acostumado com sling e não gosta de ficar nele. Por isso, penso que gastei dinheiro antecipadamente, podia ter deixado para comprar bem mais para frente, com calma.” Priscila Josefick, 29, psicóloga, mãe de Valentim, 6 meses

O berço virou um "elefante branco"

“Quando Franco era recém-nascido, achei melhor deixá-lo dormir no moisés, ao lado da minha cama. Já tinha comprado um berço antes de ele nascer, mas sem saber muito qual seria o ideal. O móvel virou um ‘elefante branco’ no quartinho. E ainda comprei dez mamadeiras, da mesma marca e modelo, mas aprendi que não é necessário, pois, seguindo corretamente as recomendações do fabricante, elas duram um tempão.” Patricia Grejanin, 42, estilista, mãe de Franco, 1 ano

Juliana Rocha e a filha, Aurora, na frente da gaveta cheia de fraldas de pano que não são usadas - Evelson de Freitas/UOL - Evelson de Freitas/UOL
Juliana Rocha e a filha, Aurora, na frente da gaveta cheia de fraldas de pano que não são usadas
Imagem: Evelson de Freitas/UOL

Dezenas de fraldas de pano

“Por conselho da minha mãe, que disse que as fraldas de pano eram mil e uma utilidades, compramos muitas. Só depois que a Aurora nasceu, fui perceber que apenas um pacote seria o bastante para quem já utiliza fraldas descartáveis e paninhos de boca. Hoje, só usamos as fraldas de pano para limpar a casa. As chupetas também nunca foram usadas, pois ela não aceitou de jeito nenhum. O kit para cabelos não foi usado porque ela nasceu careca e até hoje tem bem pouco cabelo. Ou seja, quando precisar, vou ter de comprar uma opção mais adequada, e não a de recém-nascido. Para completar, comprei uma bolsa de maternidade extremamente pesada e não consegui usá-la para sair sozinha com o bebê. Trocamos por uma mochila unissex, que combina com o nosso estilo.” Juliana Rocha, 25, ilustradora, mãe de Aurora, 2 anos

O aquecedor de mamadeira está até hoje na caixa

“A Pina nunca gostou de leite quente ou morno, prefere a temperatura natural da água, mas só descobri isso lá pelo sexto mês, quando comecei a desmamá-la. Fiquei sem usar o aquecedor de mamadeira, está até hoje na caixa. Também comprei uma máquina de papinha importada, que, de um lado, cozinha com vapor e do outro processa (bate) tudo junto para facilitar. Fiz todas as receitas de papinha que pude, até comprei um livro de receitas, mas a Pina nunca comeu. Depois descobri que ela não gosta da consistência e pulamos para a versão em pequenos pedaços e levemente amassada. Também comprei roupas tamanho recém-nascido, que serviram só para o primeiro dia de vida.”  Vanessa Rozan, 36, maquiadora, mãe de Pina, 4 anos

"Não precisei usar o adaptador de banheira para recém-nascido"

“Comprei peças tamanho recém-nascido, mas todos os bebês crescem muito rápido e durou só para o primeiro mês da Alex. Para economizar, vale comprar roupinhas maiores e dobrar as mangas e as barras, assim vão servir por muito mais tempo. O adaptador de banheira para recém-nascido também nunca usei, Aprendi com as enfermeiras na maternidade a dar banho usando o próprio braço como apoio.” Manoela Zachow, 31, estudante de medicina veterinária, mãe de Alex, 3 meses

"Tenho kits de macacão e manta guardados com etiqueta"

"A Malu foi a primeira ‘tudo’ de todos os lados da família, então ganhamos muitas coisas nada úteis. Uma delas foi a bomba de tirar leite manual, mas, como consegui uma elétrica, não pensei duas vezes em dispensar a primeira. Outro erro foi ficar com tantas roupinhas tamanho recém-nascido. Duraram muito pouco, não vale a pena. Penso que podia ter trocado por tamanhos maiores, porque ela já tem oito anos e eu ainda tenho aqueles kits de macacão com manta guardados. Ainda estão com a etiqueta” Bia Tabosa, 26, fotógrafa, mãe da Malu, 8 anos