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Amamentação sem culpa: mãe deve dar de mamar até quando quiser e puder

Rafa Brites amamentando o filho, Rocco - Reprodução/Instagram/rafabrites
Rafa Brites amamentando o filho, Rocco Imagem: Reprodução/Instagram/rafabrites

Amanda Serra

Do UOL

16/08/2017 15h54

Na última terça-feira (15), Rafa Brites publicou um texto em sua página do Instragam falando sobre a interrupção da amamentação de Rocco, que está com seis meses. Sem hipocrisia, a apresentadora falou sobre os desafios, as dores e o julgamento que existe em torno do aleitamento materno.

“Muitos utilizam a expressão ato de amor para a amamentação, isso acarreta em mães, que por algum motivo não amamentaram, frustração e culpa. Amamentar é dar a melhor fonte de alimento possível e traz um contato muito íntimo entre mãe e filho. Mas para ambas há soluções igualmente lindas caso ela não aconteça. Digo isso porque para mim, não foi fácil. E se eu mesma não tivesse conseguido chegar aos seis meses, teria me perdoado”, desabafou Rafa.

Ainda que a Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses, e até os dois anos ou mais com a junção de outros alimentos, não há uma regra. De acordo com a doula e consultora em amamentação Thamires Manoela, a mãe deve decidir o que certo para si, já que a amamentação precisa ser prazerosa para todos os envolvidos.

Thais Fersoza posta clique da família inteira na cama - Reprodução/Instagram/@tatafersoza - Reprodução/Instagram/@tatafersoza
Imagem: Reprodução/Instagram/@tatafersoza
“Não tem data certa. Tem que amamentar até quando quer, pode e está feliz. Quando a mãe volta ao trabalho, por exemplo, dá muito trabalho, pois é preciso tirar o leite, os seios incham... Se a mãe não está mais feliz, não sente mais vontade, ela precisa parar. Esse é um momento de troca. Muitas mães param de amamentar quando voltam ao trabalho. E não tem nada de errado em amar trabalhar, amar se dedicar por outras coisas que não sejam os filhos. Não tem porque existir culpa”, garante ela.

Mãe de Melinda e de Teodoro, a atriz Thaís Fersoza ficou frustrada ao não conseguir amamentar a primogênita por mais tempo. "Consegui amamentar legal até os três meses e pouquinho. Tive que deixar de ser egoísta, de querer amamentar sem ter como e partir para fórmula para ela poder ganhar os nutrientes que precisava, ganhar peso", relembra.

O mesmo ocorreu com a apresentadora Mariana Ferrão do “Bem Estar”, da TV Globo. Com a volta ao trabalho, a preocupação com a maternidade e o medo de ser mandada embora, ela sentiu seu leite ir embora quando o filho tinha oito meses. 

Mariana Ferrão amamentando o filho caçula, João - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram
"Eu chegava em casa e o que mais queria era por o Miguel no peito. Sentir aquela conexão inabalável e aquela certeza de que ali eu estava no lugar onde tinha que estar. Sentir que alguém realmente precisava de mim", disse. No entanto, o estresse estava secando seu leite. "Os peitos murcharam e o Miguel, sempre glutão, começou a não querer mais mamar. Enquanto ele virava o rosto, eu inclinava meu queixo tentativa de conter as lágrimas", conta Mariana.

Após insistir por um mês, quando o primeiro filho tinha oito meses, ela desistiu. "Pedi para meu marido filmar a última vez que ele estava mamando no meu peito. Era o registro de todo o amor e de todos os medos juntos."