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Autoestima: 11 atitudes dos pais que ajudam o filho a crescer se amando

Declarar amor aos filhos ajuda a autoestima das crianças - iStock
Declarar amor aos filhos ajuda a autoestima das crianças Imagem: iStock

Gabriela Guimarães e Veridiana Mercatelli

Colaboração para o UOL

23/10/2017 04h00

As informações que a criança recebe das pessoas com as quais convive -- gestos, palavras, elogios, censuras, apelidos -- interagem com suas características genéticas e formam a percepção que ela tem de si mesma. A autoestima é desenvolvida em um processo contínuo, que começa ainda na infância, e é importante para termos sucesso em várias áreas da vida. Para os pais que querem saber como ensinar os filhos a se valorizarem ainda mais, as dicas abaixo podem ajudar.

1. Elogie a aparência

A criança recebe a todo instante ideias do que é ser bonita, seja pela TV ou pelas ilustrações dos contos infantis. Mas é importante quebrar essas imagens, lembrando-a de que ninguém precisa ser igual a um personagem, que ela é linda do jeitinho que é. É legal valorizar até aquela manchinha de nascença, que é o que a torna uma pessoa única.

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2. Mas mostre que há coisas mais importantes que isso

Lembre sempre seu filho de que suas capacidades, seus dons e seu jeito de ser o tornam especial. Mostre que o importante é valorizar o que as pessoas são internamente, seu valores e habilidades e não apenas o que aparentam. Assim, a cada dia ele aprenderá um pouco mais de como é se respeitar e se gostar do jeito que é.

3. Converse sobre as diferenças

Procure reforçar sempre os pontos positivos de cada pessoa que rodeia a família. Mostre que todos possuem características individuais e, por isso, não há nada de errado ou ruim em ser diferente do irmão ou do amigo.

4. Comece cedo

Quanto mais cedo os pais começarem a estimular o filho a gostar e admirar a si mesmo, melhor. Desde bebê, estimule-o a superar seus limites, desenvolver autonomia e fazer as coisas por si só e conquistar pequenos objetivos constantemente.

5. Valorize os esforços 

Se seu filho conseguiu amarrar os tênis sozinho, cumprimente-o pela tarefa. Você pode comentar: “Não é fácil amarrar o cadarço do tênis, mas você conseguiu fazer um laço bonito e que não desamarra. Parabéns”. Isso vai estimulá-lo. 

6. Seja um modelo de inspiração

Toda criança procura semelhanças, sobre qualquer aspecto, com seus pais. Mas para que ele tenha uma autopercepção saudável, é importante que as características que admira em você sejam reais. Se você é persistente, por exemplo, demonstre na prática que, apesar dos obstáculos no meio do seu caminho, tenta superá-los sem desistir logo de cara. 

7. Converse sobre suas dificuldades

Procure mostrar que ninguém é perfeito. Por isso, não precisa fazer tudo certinho o tempo todo para ser amado e aceito. Você pode dizer algo como: “Quando eu era pequeno como você, também não sabia ler. Mas aposto que você vai aprender como eu aprendi”.
 

8. Fique de olho no seu amor próprio

Se você dá pouco valor às suas habilidades, seu pequeno poderá ter dificuldades em confiar em si mesmo e, por tabela, não desenvolver uma autoestima saudável.
 

9. Evite comparações negativas

A criança não se compara apenas aos pais e irmãos, mas com as pessoas do seu convívio, professores, coleguinhas da escola, avós, primos e familiares em geral. Não diga que, se ele comer doce demais, pode ficar “gordão” como seu tio.
 

10. Incentive seu filho a praticar esportes

Não com a obrigatoriedade de se tornar um campeão, mas porque é uma prática saudável, enriquecedora, que ajuda a desenvolver a confiança em si mesmo. E faça a maior festa mesmo quando ele for o quinto colocado na competição de natação.

11. Diga que você o ama

É importante fazer isso não apenas quando ele é vitorioso ou obediente. Quando ele faz algo de errado também é bom que se sinta amado e seguro, até para ter confiança no amor dos pais e em si mesmo.


FONTES: Cândido Fontan Barros, da Clínica Spatium, médico psiquiatra da infância e adolescência, especialista em Problemas da Aprendizagem. Deborah Moss, neuropsicóloga, mestre em psicologia do desenvolvimento. Luiz Francisco Junior, psicólogo. Renato Gallo, psicólogo e pós-graduando em Neuropsicologia pelo pela Universidade Federal de São Paulo.