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Aos 20, 30, 40, 50 e 60 anos: as pirações próprias de cada década de vida

As dores e as delícias de cada década da vida  - iStock
As dores e as delícias de cada década da vida Imagem: iStock

Carolina Prado e Gabriela Guimarães

16/10/2017 04h00

Cada fase da vida tem suas apreensões e alegrias. E é difícil não virar uma década sem vivenciar uma mini crise existencial. Mas é bom saber que ela não é de todo ruim, porque nos leva a refletir, rever nossas escolhas ou omissões. Lembre-se: autoconhecimento é fundamental para mudar o que não está bom e manter o que traz felicidade. A magia da adaptação ao novo ciclo acontece quando as angústias que vêm com os dilemas são entendidas e elaboradas. Para te ajudar a preparar-se para o que está por vir (ou rir do que já passou), listamos, abaixo, as dores e as delícias de cada década.

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Aos 20 anos

Noias: sair da adolescência e se tornar um jovem adulto. Pode rolar muita insegurança sobre as escolhas que deverá fazer: faculdade, mercado de trabalho, além da dificuldade de estabelecer prioridades e administrar namoro, amigos, balada, carreira e estudo. Em meio a tantas decisões, a ansiedade é inevitável.
Delícias: a adrenalina da juventude, a vontade de explorar o mundo e aproveitar a vida são muito típicas desta idade. A vida sexual está em alta! Aliás, é nesta idade que muitas pessoas assumem seus gostos e amores e tomam coragem para sair do armário.
Boletos: a preocupação é em construir independência financeira -- juntar uma grana para morar sozinho e comprar um carro.

Aos 30 anos

Noias: é a fase da pressão para se dedicar mais ao trabalho e deixar todas as demais áreas da vida em segundo plano, porque a necessidade de segurança e estabilidade aumenta consideravelmente. Esta é uma etapa em que começa um amadurecimento importante e um início de visão do que poderá ser o futuro da própria vida. A grande preocupação é: o que eu estou fazendo agora me faz feliz?
Delícias: é quando os relacionamentos afetivos tendem a se solidificar. Mulheres começam a pensar na maternidade -- ter ou não filhos? O sexo pode ser ainda melhor do que aos 20 e poucos, porque há muito mais segurança sobre si mesmo.
Boletos: é o momento de adquirir bens mais caros, como casa, carro, viagens internacionais e cursos de pós-graduação.

Aos 40 anos

Noias: é quando a pessoa começa a pensar demais no que fez, mas, principalmente, no que não fez. De tanto se cobrar, ela pode entrar em depressão. Também pesam as mudanças biológicas e hormonais, o que favorece a queda da autoestima. Há quem, nesta fase, tome um susto grande, se sentindo velho demais e comece a buscar a beleza da juventude a todo custo.
Delícias: o ciclo de amizades diminui um pouco e começamos a repensar as relações afetivas e as escolhas feitas até então. Nesta fase, sobretudo a mulher, começa a ser mais exigente e se colocar também como prioridade, além de filhos, parceiro ou parceira e carreira.
Boletos: aqui os gastos com os pais podem começar a pesar, se não houver uma boa estrutura financeira. Toma força também a corrida para juntar dinheiro para a própria velhice.

Aos 50 anos

Noias: é a fase em que a pessoa questiona o que a faz feliz. A preocupação com a aparência física começa a declinar e aumentam as preocupações com a saúde. Nesta idade, a gente percebe que não tem mais o mesmo ritmo ou vigor de antes. Para não se afundar em frustrações, é importante acreditar em tudo o que você fez aos 20, 30 e 40 anos.
Delícias: nesta época, a maturidade chega como um presente. Você passa a enxergar as crises que viveu no passado como aprendizados importantes para se tornar o que é hoje. É uma fase de saborear a vida e até relaxar sem muita pressa.
Boletos: gastos maiores com plano de saúde e a preocupação com a aposentadoria marcam esta fase.

Aos 60 anos

Noias: apesar de a expectativa de vida ter aumentado nas últimas décadas, esta é uma fase em que há uma preocupação com a morte. Intensifica-se, então, a busca por uma vida mais saudável, o que inclui atividades físicas e restrições alimentares.
Delícias: retoma-se a vontade de expandir o ciclo de amizades para afastar o isolamento social. É comum participar mais intensamente de atividades coletivas: festas, excursões, passeios etc. A família também é mais valorizada. Contatos mais íntimos consigo mesmo e com o que pode significar espiritualidade também ganham espaço a partir desta idade.
Boletos: gastos maiores com plano de saúde e a preocupação com o que vai deixar de legado para os filhos (caso houver). Pode também ser o momento de gastar mais dinheiro consigo mesmo, seja fazendo viagens ou realizando um sonho, como comprar uma chácara.

FONTES: Cristiane Moraes Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano. Marilene Kehdi, psicóloga e autora do livro “Emoções, Situações e Soluções (Editora Livro Certo). Rita Martins, psicanalista e mestre em Psicologia. Silvia Malamud, psicóloga clínica, especializada em Terapia de Casais e Família.