Fotógrafo que dirigiu clipe de Anitta é banido da Vogue e outras revistas
Conhecido por suas fotos ultrasensuais e até explícitas, além das recorrentes acusações de assédio por modelos, o fotógrafo americano Terry Richardson foi banido das revistas do grupo Condé Nast, segundo o jornal britânico The Telegraph.
Veja também
- Mais escândalo sexual em Hollywood: James Toback é acusado por 38 mulheres
- A diferença entre flerte e assédio sexual
- #MeToo: Usuários questionam se Facebook esconde denúncias do feed de homens
O periódico teve acesso a e-mails de James Woolhouse, vice-presidente do grupo, a todos os chefes regionais de publicações que incluem Vogue, Glamour, além de Vanity Fair e Wired. Na mensagem, ele comunicava que o grupo não trabalhará mais com o fotógrafo e que trabalhos que já tenham sido feitos e não publicados sejam derrubados.
Segundo o jornal, a polêmica surgiu logo depois que uma outra publicação questionou por que o mundo fashion ainda se curvava diante de Terry apesar das recorrentes acusações de assédio, semelhantes, por exemplo, às feitas contra o produtor hollywoodiano Harvey Weinstein.
Recentemente, Terry Richardson esteve no Brasil para dirigir o clipe de Anitta, “Vai, Malandra”. O americano já é figurinha fácil no mundo da moda e assinou o tradicional Calendário Pirelli, inúmeras campanhas e capas de revista consagradas. Amigo do peito de várias celebridades, Terry é responsável pelas fotos e clipes mais quentes de famosos como Miley Cyrus, Bella Hadid, Rihanna e até Gisele Bundchen.

Fotógrafo se defende
Na última sexta-feira, Richardson publicou uma carta no Huffington Post em que rebatia as acusações: “Eu colaborei com modelos que estavam plenamente conscientes da natureza do meu trabalho. Nunca usei nenhuma oferta de trabalho para coagir alguém a fazer qualquer coisa que elas não quisessem fazer”, escreveu.
Nem o grupo Condé Nast, nem representantes do fotógrafo comentaram o veto.
Assédio na moda
Cameron Russell, supermodelo americana que fez sucesso nas passarelas dos anos 90, tem um chamado às modelos de todo o mundo para lutar contra o assédio. Comovida pelas últimas denúncias de mulheres (contra o produtor Harvey Weinstein e, agora, contra o diretor James Toback) e, ainda, por um pedido de socorro de uma modelo, ela criou a #MyJobShouldNotIncludeAbuse - meu trabalho não deveria incluir abuso, em tradução livre.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.