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Ritinha real: Por amor-próprio, mulher manteve 2 namorados ao mesmo tempo

Em "A Força do Querer", Ritinha (Isis Valverde) casou com Zeca no primeiro momento da trama e logo depois se uniu com Ruy (Fiuk) - Tata Barreto/TV Globo
Em "A Força do Querer", Ritinha (Isis Valverde) casou com Zeca no primeiro momento da trama e logo depois se uniu com Ruy (Fiuk) Imagem: Tata Barreto/TV Globo

Amanda Serra

Do UOL, em São Paulo

18/10/2017 08h14

Ritinha (Isis Valverde) de “A Força do Querer” não entende porque deve escolher entre Zeca (Marcos Pigossi) e Ruy (Fiuk). Para a sereia é simples: ela gosta dos dois e quer ficar com eles. Por isso, casou com um e logo depois fugiu (e casou) com o outro. "Gosto dos dois, égua", costuma dizer a personagem.

E não é apenas na novela das nove que isso acontece. Há dois anos, a esteticista Alice* se viu em uma posição similar e abriu o jogo com seus pares. No início, eles relutaram, usaram argumentos como “você não se segura, não?”; “olha o que você está fazendo comigo”, mas toparam um relacionamento a três por pouco menos de quatro meses. Acabou quando um dos parceiros admitiu que estava infeliz com a situação.

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"Eu estava há sete anos com o Luiz*, morávamos juntos e sempre fomos um casal moderno, já tínhamos feito ménage à trois (sexo entre três pessoas) com outra mulher. No entanto, a relação esfriou logo depois que eu perdi 20 kg. Toda vez que tínhamos relações sexuais, ele comentava que eu estava muito magra. Também discutíamos com frequência. Sempre tinha um defeito. Nesse meio tempo, reencontrei um ex-ficante, o Carlos*. Começamos a conversar e, como nunca fui uma mulher de passar vontade, resolvi encontrá-lo. Na época, fui bem sincera e falei que estava interessada somente em sexo.

Só que me apaixonei novamente por ele. Ele era mega carinhoso, reparou até no formato da minha sobrancelha no dia em que saímos. Fiquei encantada, foi muito mais do que esperava. Era o oposto do Luiz nesse quesito. A partir daí, eu não conseguia largar nem o meu marido, mesmo já morando em casas separadas, e nem o meu amante. Então, ficava com os dois.

Durante um mês me dividi entre eles, sem que um soubesse do outro. E tudo era bem na linha, com dias separados, tempo para ambos. Com o passar do tempo, ficou insustentável manter os dois e os chamei para conversar, um ao vivo e o outro ao telefone. Falei que queria continuar com eles, mas não gostaria de escolher entre um e outro. Avisei: 'vou ficar com os dois, se vocês quiserem, será assim. E quem não aguentar sai fora'. Um chorou e questionou: ‘olha o que você está fazendo comigo, como você tem coragem de me propor uma coisa dessas? Vou virar seu amante, vou ter que dividir você com outro?’. Carlos não aceitou de primeira, mas voltou atrás. Virei a 'Dona Flor e Seus Dois Maridos' [referência ao romance do escritor brasileiro Jorge Amado].

Me sentia uma quenga, mas adorava vê-los me desejando [risos]. O Carlos me dava amor, carinho, me elogiava, me acha maravilhosa. Com o Luiz era tesão, a gente se dava muito bem na cama, já se conhecia, não tem nem como comparar. O que não achava em um encontrava no outro, eles se complementavam. Seria perfeito se fosse tudo em um só, mas não era. A verdade é que um é bom, mas dois é melhor ainda. E só acabou porque o Luiz queria exclusividade, era muito ciumento, bem machista. Batíamos muito de frente."

Foi um período muito bom e se pudesse voltar atrás faria a mesma coisa

 

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"Sou muito dona do meu corpo, das minhas vontades. E fui bem feliz nessa época. Ficava ansiosa com a chegada do fim de semana, pois sabia que visitaria um lugar diferente. Uma balada que não dava para ir com um, porque não fazia o tipo dele, ia com o outro, a comida que um não gostava, o outro curtia. Sempre estava satisfeita, as brigas praticamente não existiam. Eles sempre queriam agradar, me tratavam como uma princesa. Não tinha que escolher se queria isso ou aquilo. Simplesmente acontecia como eu queria."  

Era muito mimada. Sei que tenho um quê de Ritinha. Reconheço que pessoas assim estão preocupadas somente com a vida e os sentimentos delas. Quando você submete outro alguém a isso, sem que seja um acordo do casal, você tem que ter muito amor-próprio. Me amava demais, muito mesmo. Estava magra, loira, na minha melhor fase. Me sentia ótima comigo mesma. Quando um deles chorava, sofria, eu dizia: ‘chore mais, não me importava’. Não queria que eles se matassem por mim, como na novela, mas gostava de ser disputada. Você fica sem sentimento pela felicidade do outro, sem empatia."

Passado esse período e com medo de perder Luiz, já que no meio tempo, ele se envolveu com outra mulher, Alice resolveu retomar o relacionamento monogâmico com ele. O casal se converteu, fez terapia, casaram-se na igreja protestante Bola de Neve, voltaram a morar juntos e são pais de um garoto de seis meses. “Hoje temos outra realidade. Um pouco antes do meu casamento, o Carlos me procurou e falou para eu ir atrás dele se não desse certo. A verdade é que estou super recatada. Levo uma vida muito tranquila”.

*Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos entrevistados.